terça-feira, 18 de outubro de 2011

O VÍRUS

papilomavírus é um vírus de DNA não cultivável, pertencente à família Papovaviridae, que é altamente transmissível sexualmente. O vírus possui considerável tropismo pelo tecido epitelial e mucoso, sendo freqüente na região ano-genital e rara na mucosa oral. O Papilomavírus humano (HPV) é agente etiológico do condiloma acuminado, também conhecido como crista de galo ou verruga venérea.

TRANSMISSÃO


A transmissão se dá predominantemente por via sexual, mas existe a possibilidade de transmissão vertical (mãe/feto), de auto-inoculação e de inoculação através de objetos que alberguem o HPV.

SINTOMAS:

A infecção causada pelo

HPV pode

ser assintomático
ou provocar o aparecimento de verrugas com aspecto
parecido ao de uma pequena couve-flor na pele e nas
mucosas associadas a corrimentos vaginais. Se a alteração nos genitais for discreta, será percebida apenas através de exames específicos. Se forem mais graves, as células infectadas pelo vírus podem perder os controles naturais sobre o processo de multiplicação,invadir os tecidos vizinho e formar um tumor maligno como o câncer do colo de útero e do pênis. Na boca podemos ter sangramento oral e a percepção da lesão pela língua; nos olhos podem aparecer incômodo ao piscar e dependendo da localização, alterações visuais.

DIAGNÓSTICO

A análise histopatológica detecta as alterações teciduais causadas pela infecção. As características anatômicas dos órgãos sexuais masculinos permitem que as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, porém, elas podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, uma vez que, na maior parte dos casos, só são diagnosticáveis por exames especializados, como o de Papanicolaou e colposcopia (exame que permite visualizar a vagina e o colo do útero). As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer).

TRATAMENTO:

Existem várias formas diferente de tratamento, levando-se em consideração a idade do paciente, o local e número de lesões, se a mulher está grávida ou apresenta alguma doença ginecológica. São elas:

Criocirurgia
Tratamento feito com um instrumento que congela e destrói o tecido anormal.
Laser
Utilizado em alguns tipos de cirurgia para cortar ou destruir o tecido em questão as lesões.

CAF – Cirurgia de alta frequência 
Feito com um instrumento elétrico, remove e cauteriza a lesão.
ATA – Ácido Tricloro Acético 
É um ácido aplicado pelo médico diretamente nas lesões.
Conização
Um pedaço de tecido em forma de cone é retirado com o auxílio do bisturi, do laser ou do CAF.

Medicamentos
Em algumas situações pode-se utilizar medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.



COMO PREVENIR:


Além do uso da camisinha, outro método eficaz na prevenção contra o vírus é a vacinação. Existem dois tipos de vacina: a bivalente que protege contra os tipos 16 e 18 de HPV , e a quadrivalente que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18, que corresponde a 70% dos casos de câncer de colo do útero, pré-cânceres cervicais, câncer de colo do útero não invasivo.

Como é administrada: Ambas vacinas existentes são indicadas 3 doses sendo que a vacina quadrivalente ( da Merck ) é indicado 0, 60 dias e 180 dias e a bivalente (da GSK) é indicada em 0, 30 dias e 180 dias.


Público -alvo: Bivalente: mulheres de 10 a 25 anos.
                      Quadrivalente: mulheres de 9 a 26 anos, sendo que em 2011 foi liberada para homens.


  

CURIOSIDADES!!

* Lembre-se que o uso do preservativo é medida indispensável de saúde e higiene não só contra a infecção pelo HPV, mas como prevenção para todas as outras doenças sexualmente transmissíveis;
* Saiba que o HPV pode ser transmitido na prática de sexo oral;
* Vida sexual mais livre e multiplicidade de parceiros implicam eventuais riscos que exigem maiores cuidados preventivos;
* Parto normal não é indicado para gestantes portadoras do HPV com lesões genitais em atividade;
* Informe seu parceiro/a se o resultado de seu exame para HPV for positivo. Ambos precisam de tratamento;
* Consulte regularmente o ginecologista e faça os exames prescritos a partir do início da vida sexual. Não se descuide. Diagnóstico e tratamento precoce sempre contam pontos a favor do paciente.